O crescimento dos assaltos a
caminhões fez nascer um novo serviço: a blindagem de veículos pesados. Os
crimes acontecem em todo o Brasil, mas se concentram principalmente em São
Paulo e no Rio de Janeiro, onde aconteceram 75% dos roubos carga no Brasil. Um
prejuízo de quase R$ 1 bilhão por ano.
O transporte de mercadorias
em caminhões blindados pode reduzir os custos do valor do seguro da carga para
as empresas. Hoje, 9% do valor do frete são compostos por custos com segurança,
escolta armada e gerenciamento de risco, algo em torno de R$ 16 bilhões por
ano, de acordo com a empresa de soluções integradas em seguros e serviços para
a cadeia logística, no transporte em caminhões convencionais, o
valor máximo segurado é de R$ 1,5 milhão. Já a cobertura máxima da apólice de
seguro em veículos com a Carga Blindada, empresa de transporte com frota 100%
blindada, chega ao valor de R$ 3 milhões de reais.
Para fazer a blindagem, a
carroceria do caminhão é desmontada e as peças são revestidas com o mesmo material
do colete a prova de balas, os vidros são substituídos por outros três vezes
mais grossos, o baú revestido com aço anti-corte é como um cofre e só abre com
a digitação de uma senha passada pela transportadora ao motorista. Esse código
só é gerado quando o veículo chega ao seu destino.
Todo material deve ser
aprovado pelo Exército. Além disso, a fábrica de blindagem sempre faz testes do
lote, para ter certeza de que ele resiste ao impacto de até cinco tiros. O
vidro também passa no teste.
A blindagem mais
praticada no mercado é a de nível III-A, que suporta até tiros de pistolas 9mm
e revólveres .44 Magnum. No Brasil, os seis diferentes tipos de blindagem
seguem a norma de resistência balística ABNT-NBR nº 15.000, que obedece aos
padrões nacionais e internacionais.