No
segundo dia de protestos dos caminhoneiros, rodovias em pelo menos nove Estados
foram afetadas – Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa
Catarina, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo e Paraná. Em Minas, 14
pontos tiveram bloqueios, os principais deles na BR-381, perto de Igarapé, e na
BR–040, na saída de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro.
De
acordo com o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de
Ponta Grossa e coordenador do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC)
Paraná, Neori ‘Tigrão’ Leobet, os caminhoneiros querem uma paralisação
pacífica, portanto, todos deverão permanecer em suas casas e saírem para uma
caminhada somente quando as entidades convocarem.
O
Movimento União Brasil Caminhoneiro pedem melhorias ao governo federal:
Subsídio
ao preço do óleo diesel e isenção do pagamento de pedágio pela categoria em
todas rodovias do país. Também reivindica a criação de uma secretaria do
transporte rodoviário de cargas, subordinada diretamente à Presidência da
República, e a provação de um projeto de lei -- em tramitação no Congresso --
que aprimora a Lei do Motorista, reivindicações que levaram a classe parar
entre julho e agosto do ano passado.
No
Paraná, caminhoneiros interditam as rodovias PR-182, km 460, em Realeza, e na
PR 442, km 38, em Uraí, próximo a Londrina a greve dos caminhoneiros nas
Regiões Meio-Oeste e Oeste, que chegou ao segundo dia, já afeta o setor
agroindustrial de Santa Catarina. Os prejuízos passam de R$ 8 milhões por dia
No
Rio Grande do Sul, caminhoneiros seguem bloqueando rodovias. Pelo menos oito
trechos de rodovias foram fechados por caminhoneiros nesta manhã.Há protestos
na BR-158, em Júlio de Castilhos e Cruz Alta, na BR-392, em Santa Maria, São
Sepé, Canguçu e Pelotas, na BR-101, em Três Cachoeiras, e na BR-468, em
Palmeira das Missões.